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Ucrânia rejeita corredores humanitários até Rússia, e terceira reunião termina sem avanços

Publicada em 08/03/2022 às 07:21h - 104 visualizações

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A Ucrânia rejeitou nesta segunda-feira (7) o anúncio feito pela Rússia para a abertura de novos corredores humanitários. Mais cedo, Moscou informou que planeja abrir caminho para que civis saiam do país com destino à Rússia ou à Belarus.

 

Segundo a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Irina Vereschuk, a abertura das rotas para a Rússia ou para o país vizinho aliado de Moscou é uma tentativa de manipular a opinião internacional, sobretudo a do presidente da França, Emmanuel Macron, que telefonou ao líder russo, Vladimir Putin.

 

"[O corredor] não é uma opção aceitável", disse Vereschuk. "Espero que Macron entenda que seu nome e seu desejo sincero de ajudar estão na realidade sendo manipulados pela Federação Russa", disse ela.

 

A passagem para a retirada de civis foi o tema principal abordado na terceira rodada de negociações realizada nesta segunda em Belovejskaia Puscha, na Belarus. O encontro, no entanto, não teve desdobramentos significativos.

 

Além de acusar Moscou de tentar manipular a opinião pública, o governo ucraniano também classificou a iniciativa como "imoral" porque a Rússia se propõe a levar os civis para seu território.

 

"Essa é uma história completamente imoral. O sofrimento das pessoas é usado para criar a imagem desejada para a televisão. Esses são cidadãos da Ucrânia, eles devem ter o direito de ser deslocados para o território da Ucrânia", disse um porta-voz do presidente ucraniano, Volodimir Zelenski.

Macron, por sua vez, chamou de "cinismo moral e político" a proposta apresentada por Putin. O político francês telefonou ao russo no domingo (6) pedindo um cessar-fogo e recebeu como resposta nesta segunda a proposta dos corredores humanitários.

 

"Isso não é sério. É de um cinismo moral e político que me parece insuportável", disse o presidente em entrevista ao canal de TV LCI. Para Macron, o gesto russo é hipócrita. "É um discurso que consiste em dizer 'vamos proteger as pessoas e levá-las à Rússia'. Pessoas estão morrendo, estão exaustas. E não conseguimos obter um cessar-fogo".

 

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou nesta segunda que exortou o Kremlin a "interromper imediatamente as hostilidades e assegurar passagem humanitária segura e acesso à assistência" na Ucrânia. Michel também reiterou a condenação à invasão russa e a solidariedade à Ucrânia, afirmando que o Conselho deve discutir nos próximos dias o possível ingresso do país na União Europeia - um tópico bastante sensível para a Rússia e frontalmente contra os interesses do Kremlin.

 

O plano para cessar-fogo e retirada de civis seria viabilizado, em tese, às 10h no horário de Moscou (4h no horário de Brasília). Igor Konachenkov, porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, disse que, ao todo, seis corredores humanitários seriam abertos em cidades ucranianas para permitir que civis escapassem.

 

Seriam eles: um de Kiev a Gomel (Belarus); dois de Mariupol, sendo um para Zaporíjia e outro para Rostov-do-Don (Rússia); um de Kharkiv a Belgorod (Rússia); e dois de Sumi, sendo um para Belgorod (Rússia) e outro para Poltava. Há desconfiança, entretanto, em relação à eficiência da operação. Dois acordos para cessar-fogo em Mariupol e na cidade vizinha de Volnovakha falharam nos últimos dois dias, com ambos os lados se acusando de descumprir o combinado.

 

Nesta segunda, um dos negociadores da delegação russa acusou a Ucrânia de cometer "crimes de guerra" ao rejeitar os corredores humanitários propostos por Moscou. "Os nacionalistas que assumiram posições nas cidades continuam mantendo civis nas localidades e os usam, direta e indiretamente, inclusive como escudos humanos, o que é claramente um crime de guerra", disse Vladimir Medinski em entrevista a uma TV russa.

Terceira reunião de negociações teve "pequenos avanços"

A delegação ucraniana descreveu que apenas pequenos avanços na coordenação para a criação de corredores humanitários foram feitos na terceira rodada de negociações, feita nesta segunda-feira, mas sem medidas concretas.

 

Já a delegação russa disse que uma quarta rodada de negociações deve ocorrer "muito em breve", mas sem revelar a data acordada.

 

Enquanto anuncia planos para a retirada de civis em Kiev, a Rússia "acumula recursos" para atacar a cidade, acusaram em nota nesta segunda as Forças Armadas da Ucrânia. "Além disso, o inimigo continua a operação ofensiva contra o país, focada nos arredores de Kiev, Kharkiv, Tchernigov, Sumi e Mikolaiv."

 

Na capital, soldados ucranianos foram vistos se preparando para um possível confronto contra os russos. Eles armaram explosivos no que dizem ser a última ponte intacta no caminho das forças de Putin.

 

"A capital está se preparando para se defender", disse o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko. "Kiev vai resistir!"

 

No sul, autoridades militares ucranianas disseram que a Rússia bombardeou a região de Tuzli, nas proximidades de Odessa, danificando "equipamentos de infraestrutura cruciais", mas sem deixar feridos.

 

A invasão de Odessa começou a se configurar neste domingo. Principal porto no sul ucraniano, a cidade está no alvo de forças de Putin a leste, e, caso seja dominada, fará com que Moscou estabeleça o controle sobre quase toda a costa do mar Negro, fechando o acesso ucraniano a ele.

Fonte(s): NSC




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