A deputada estadual catarinense Ana Caroline Campagnolo (PSL) beneficiou uma entidade presidida pelo próprio advogado com uma emenda parlamentar de R$ 250 mil.
O repasse foi sugerido pela parlamentar em 2020 e foi direcionado à Federação Catarinense de Hipismo (FCH). O presidente da entidade é o advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho. As informações sobre a emenda foram publicadas nesta terça pelo portal Metrópoles e confirmadas pelo Diário Catarinense.
Gastão defendeu Ana Campagnolo em ações judiciais como as que envolveram a deputada e a ex-orientadora do mestrado dela. O mais recente processo teve um pedido de indenização por dano moral por parte da educadora.
Em março de 2021, em publicação sobre a defesa de Gastão em processos envolvendo a deputada e a ex-orientadora, Campagnolo afirmou que ele a representou nas ações de graça. “Tamanha é a sua generosidade que, além de me representar em todos os processos sem nada cobrar, ainda ofereceu um passeio maravilhoso”, escreveu em uma rede social.
A descrição da emenda afirma que o repasse de R$ 250 mil é destinado a “apoio financeiro a Federação Catarinense de Hipismo através de ações sócio esportivas educativas aos jovens catarinenses”.
Conforme o plano de trabalho apresentado pela federação ao governo do Estado, o recurso foi utilizado para a realização de uma etapa final de provas de hipismo, em dezembro de 2021. O portal SC Transferências, do governo estadual, informa como data de repasse o dia 20 de dezembro de 2021.
Gastão foi alvo de polêmica no caso Mari Ferrer
Gastão já defendeu em ações judiciais nomes como o ideólogo Olavo de Carvalho, que era apontado como guru do bolsonarismo, e a também bolsonarista Sara Giromini, conhecida como Sara Winter. O nome de Gastão foi alvo de polêmica, no entanto, no processo contra o empresário André de Camargo Aranha por acusação de estupro da influenciadora Mari Ferrer.
Em uma audiência virtual, Gastão disse que “jamais teria uma filha do nível” dela e fez outras críticas à jovem, conforme vídeo divulgado pelo portal The Intercept Brasil. Depois do caso, o Congresso aprovou a Lei Mari Ferrer, que impede que vítimas de crimes sexuais e testemunhas sejam constrangidas durante audiências e julgamentos.
Fonte NSC