Um novo método para reduzir o risco de transmissão do vírus HIV começa a ser implantado no país. Um projeto vai fornecer o medicamento que ajuda na prevenção ao HIV e é indicado para pessoas não infectadas, mas que estejam em situação de vulnerabilidade ao vírus. A partir de setembro, 3 mil pessoas em oito Estados brasileiros, incluindo Santa Catarina, devem começar a receber os antirretrovirais. O projeto Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (ImPrEP) foi desenvolvido pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
De início, o projeto irá atender 7,5 mil pessoas não infectadas do Brasil, México e Peru. Os remédios antirretrovirais serão administrados todos os dias para evitar a contaminação. Segundo a diretora do INI/Fiocruz, Valdiléia Veloso, o público-alvo da medida são homens que fazem sexo com homens e mulheres transsexuais e travestis.
A duração do projeto será de três anos, com a participação de instituições de ensino e pesquisa dos três países e financiamento de US$ 20 milhões da Unitaid, uma iniciativa global sem fins lucrativos que atua no incentivo de novos métodos para prevenção, diagnóstico e tratamento de HIV/Aids, tuberculose e malária.
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive-SC) diz que ainda não tem mais informações sobre como irá funcionar o projeto e quantos catarinenses serão atendidos. Uma reunião está marcada em Brasília, nos dias 22 e 23 de agosto, para abordar a implementação da PrEP no SUS, informa a Dive-SC.
A estratégia de prevenção ao HIV com medicamentos foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) em maio deste ano e estará disponível nos serviços de saúde até o final de 2017, conforme o prazo
Inicialmente, a estratégia será implantada em 12 municípios e, gradativamente, será expandida para todo o país. As primeiras cidades a oferecer o medicamento serão: Porto Alegre; Curitiba; São Paulo; Rio de Janeiro; Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Manaus, Brasília, Florianópolis, Salvador e Ribeirão Preto.