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Oeste é a região com maior número de fugas de presos

Publicada em 24/04/17 às 14:47h - 503 visualizações

por Fonte: Diário Catarinense


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 (Foto: Divulgação Internet)

O índice de presos foragidos em Santa Catarina cresceu 29,4% neste ano na comparação com a média de 2016. De janeiro a abril, 88 detentos escaparam dos presídios e penitenciárias catarinenses, 22 por mês. Em 2016, de janeiro a dezembro, foram 204, 17 por mês. Das fugas recentes, 42 presos foram recapturados, o que representa 48%. No ano passado, o índice de recaptura foi maior: 79%.

 

O Oeste e o Vale do Itajaí lideram a lista negativa de escapadas neste ano. Somente na Penitenciária Agrícola de Chapecó, 21 fugiram do semiaberto enquanto prestavam serviços na unidade. No Vale, os casos mais críticos foram em Blumenau e Itajaí, duas unidades consideradas referência por terem sido inauguradas recentemente e com condições estruturais apontadas como modelo.

 

Além disso, chama atenção a quantidade de detentos que escaparam em uma única ocorrência. No Complexo da Canhanduba, em Itajaí, foram 15 foragidos em duas oportunidades, em fevereiro e março. Na última fuga, sete presos saíram pelo portão enquanto um caminhão entrava na unidade (veja mais abaixo).

 

Além das regiões onde os números se concentraram, também há casos preocupantes espalhados pelo resto do estado. Em Joinville, dez presos escaparam ao abrir um buraco na laje de um dos pavilhões no dia 23 de março. No último dia 15 de abril, um detento foi recapturado enquanto era atendido na UPA de Biguaçu. A última fuga foi na quinta-feira passada. Três detentos usaram um espeto para render um vigilante do Complexo Penitenciário da Agronômica, em Florianópolis. Depois conseguiram acessar o pátio para, então, escapar pelos fundos, onde não há muros.

 

Investigações em andamento

 

O Departamento de Administração Prisional (Deap) abriu sindicâncias internas para apurar todas as ocorrências deste ano. No entanto, até o momento nenhum servidor foi afastado das funções. A maior parte das investigações ainda não foi concluída.

 

"Como não houve de imediato comprovação de possível facilitação, a gente não afastou (servidores). Só afastamos se houve facilitação ou falha grotesca. Mas pode ter indicações de alguma falha como deixar cadeados abertos, por exemplo", explica a corregedora-geral da Secretaria de Justiça e Cidadania, Tatiana de Souza Leandro.

 

Para o diretor do Deap, Deiveison Querino Batista, a superlotação nas unidades está diretamente ligada às fugas. Mesmo que a pasta e a Secretaria de Justiça e Cidadania ressaltem a abertura de novas vagas nos últimos anos, ele diz que o problema não está resolvido. "O número de presos aumentou e o número de vagas não aumentou na mesma proporção. Isso cria uma instabilidade nessas unidades superlotadas e acaba levando a tentativas e fugas".



Ócio colabora para crimes, diz defensora

 

Em visita às unidades prisionais, a advogada Fernanda Mambrini Rudolfo diz que ouve constantemente presos reclamando das condições estruturais dos presídios e penitenciárias. Na opinião dela, se houvessem melhores condições de ressocialização, as fugas seriam menores.

 

"Uma das maiores reclamações que recebemos é que não há trabalho. O próprio ócio, essa falta de oferta dos direitos, que não são regalias, e o despreparo dos agentes estatais para lidar com essas pessoas, colaboram para que fugas ocorram. Não digo que se estivesse tudo certo elas não ocorreriam, mas certamente seriam menores".

 

A defensora ressalta ainda que é necessário um conjunto de melhorias, não somente a criação de vagas, mas também o aumento na oferta de vagas de trabalho para que os presos tenham espaço adequado e, ao mesmo tempo, oportunidade de ressocialização.




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