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Denúncia do Ministério Público de SP aponta atuação de organização criminosa nacional em Santa Catarina

Publicada em 10/07/18 às 06:45h - 435 visualizações

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 (Foto: (Foto: Reprodução/NSC TV))

A denúncia feita pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP), entregue à justiça na semana passada, apontou o interesse de organização criminosa nacional em Santa Catarina e como o estado é "valioso" para os criminosos. A investigação da Polícia Federal e do MP-SP ocorreu entre 2016 e 2017 e prendeu 75 pessoas, todas denunciadas à Justiça. Elas são acusadas de pertencerem a uma facção criminosa que age dentro e fora dos presídios em todo o país e até no exterior, como mostrou o NSC Notícias desta segunda-feira (9).

Segundo o MP-SP, a investigação apontou que a facção paulista tem interesse em Santa Catarina por causa do Porto de Itajaí, que é um lugar estratégico para enviar drogas para a Europa. E que a facção só não cresce mais porque enfrenta a resistência de um grupo criminoso catarinense.

Conforme a Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina, em 2016 duas grandes apreensões de cocaína ocorreram no estado, mas no Porto de Navegantes, no Litoral Norte. O secretário, Alceu de Oliveira Pinto, cita duas operações feitas este ano que aumentaram a fiscalização nas fronteiras e divisas do estado. Segundo ele, o interesse da facção pelos portos catarinenses já não é mais o mesmo.

"Além de ser uma demonstração de força e controle de parte da Secretaria de Segurança Pública, é uma estratégia para tornar Santa Catarina desinteressante para qualquer organização criminosa", diz o secretário Alceu de Oliveira Pinto.

A área de inteligência da Segurança Pública diz que está sempre monitorando as conversas entre os membros da facção paulista, mesmo dentro dos presídios. Elas estariam revelando que está mais difícil para eles se articularem e agirem em território catarinense.

"Inclusive neste monitoramento a gente já verificou, no finzinho do ano passado, um desestímulo deste grupo criminoso. Um desestímulo em investimento, porque investiam aqui, e os que estavam aqui não estavam representando, não estavam dando retorno para a facção", diz o delegado Antônio Cláudio Seixas Joca.

A Polícia Civil prendeu 211 membros do grupo paulista em Santa Catarina e tem focado os esforços nas grandes lideranças.

Mas apesar de o MP-SP ter denunciado as principais lideranças da quadrilha no Brasil, o secretário não vê um reflexo direto aqui em Santa Catarina.

"A avaliação é de que o grupo daqui funciona como uma franquia, e deve continuar sendo monitorado. Claro, qualquer iniciativa em outros estados acaba repercutindo, mas a principal repercussão é a ação local, é aquela ação que é feita aqui", afirma Alceu.

Investigação

As investigações da Polícia Federal e Ministério Público de São Paulo ocorreram entre 2016 e 2017. O MP-SP identificou em esgoto da Penintenciária II de Presidente Venceslau, que fica a 900 km de Florianópolis, cartas que apontavam crimes cometidos pela organização criminosa, conforme mostrou o Jornal Nacional de sexta-feira (6).

Os investigadores recolheram as cartas e leram ordens para fortalecer a guerra entre facções em outros estados, inclusive Santa Catarina. Elas são das principais lideranças da facção, que se mostravam preocupadas em expandir os negócios da quadrilha para estados do Norte, Nordeste e Sul do país.

Em um bilhete para comparsas de Santa Catarina, Célio Marcelo da Silva, conhecido como "Bin Laden", diz que iria enviar armas para eles, mas que não foi possível porque mandaram para o Ceará. "Bin Laden" diz que iria enviar cinco pistolas e dois fuzis para o estado catarinense.

Numa comunicação entre membros da facção, eles falam também sobre a guerra dos grupos criminosos em Santa Catarina e dizem que a facção paulista vai providenviar medidas para resolver este problema.

Em outra conversa, os líderes paulistas falam sobre ataques contra os órgãos públicos em SC que tinham começado. Dizem que o objetivo era forçar o estado a remover presos da facção paulista dos presídios catarinenses, onde eles são minoria, para se juntarem em outros presídios.

"Hoje, a preocupação de algum grupo criminoso é muito mais sobreviver do que expandir, do que disputar território", afirma o secretário de Estado da Segurança Pública.

O período da investigação paulista também coincide com o pico de homicídios em Florianópolis e Joinville, no Norte do estado, quando a facção de São Paulo tentava ganhar terreno guerreando com o grupo catarinese.

Depois de grandes operações das polícias Civil e Militar, os números mostram que a briga entre as facções diminuiu. As mortes caíram 30% na capital e quase 40% em Joinville nos primeiros quatro meses deste ano em relação ao mesmo período do ano pasado.

Uma destas operações ocorreu logo depois de uma onda de atentados a órgãos públicos do estado, que aparece nas cartas do presídio paulista.


G1




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